segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
O amor é um não sei quê, que surge não sei de onde e acaba não sei como
Aqui há uns tempos pensei em escrever um livro. O livro chamar-se-ia "O Grande Pessimista", no qual o meu objectivo seria procurar explicar várias questões que sempre acompanharam a humanidade, como por exemplo questões filosóficas, religiosas, sociológicas, etc. Infelizmente, devido a uma grande falta de tempo para me poder sentar e escrever convenientemente, esse meu projecto acabou por ficar adiado, não fazendo eu a mais pequena ideia se algum dia será posto em prática.
Mas o que me interessa aqui dizer é o seguinte: nesse livro eu tencionava (obviamente) abordar a questão do amor. O que é que realmente leva uma pessoa a gostar de outra? Quando dizemos "Amo-te" o que é que isso realmente quer dizer? Para vos responder cabalmente a essa questão precisaria de ficar aqui a escrever a noite toda, o que implicaria um post gigantesco. Mais tarde posso voltar a este assunto e desenvolvê-lo algo mais, mas por agora vou-vos deixar com uma ideia minha. "Amo-te" significa, na minha modesta opinião, algo tão simples como isto: Contigo não me sinto só. Para mim, o amor é a resposta humana ao medo da solidão, do vazio da existência. Há certas pessoas que me dizem que não precisam de ninguém para ser felizes, que são felizes sozinhas. Para essas pessoas só lhes digo uma coisa: If bullshit were music you would be a pianist. Ninguém é feliz sozinho, convençam-se disso. Podemos passar momentos agradáveis sozinhos mas sermos felizes? Não, nem pensar. Existe em todos nós um vazio que só outro ser humano pode preencher, isso é garantido.
Bem, acho que se calhar resumi demais esta questão, mas este post já está a ficar grandinho portanto vou ficar por aqui. Prometo voltar muito em breve a esta questão, mas antes de me ir embora deixo-vos uma pergunta no ar: o amor existe realmente? Eu estive a explicar uma pequena parcela desta questão, mas o problema mantém-se. Até á próxima.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
I Want to Believe
Os mistérios e o oculto sempre me fascinaram. Quando era criança passava horas a ler histórias de assombrações, extra-terrestres, possessões, poderes psiquicos, etc. No decorrer dos anos os meus interesses foram mudando e deixei de me dedicar tanto a esse assunto como nos meus tempos de infância. No entanto, como ainda hoje essa é uma área que me atrai vou-vos contar uma história com traços paranormais; não é meu objectivo tentar convencer-vos da sua veracidade, apenas desejo que a leiam e que decidam por vocês se acreditam ou não.
Esta história começa em 1975, na Floresta Nacional de Apache-Sitgreaves nos Estados Unidos. Um grupo de jovens lenhadores, no final de mais um dia de trabalho, preparavam-se para voltar para casa. Pouco tempo depois de terem entrado na carrinha de Mike Rogers, que era o mais velho do grupo, os jovens aperceberam-se de uma estranha luz no meio das árvores e resolveram ir investigar. Assim fizeram, e ficaram incrédulos quando se aperceberam que a mesma provinha de um objecto voador que pairava a seis metros do solo. Perante tal visão Travis Walton saltou da carrinha de caixa aberta de Rogers e dirigiu-se para o objecto, apesar dos gritos dos amigos para que voltasse para junto deles. Travis ignorou-os, e colocou-se mesmo debaixo do objecto. Não tardou até sentir uma sensação semelhante a uma descarga eléctrica, que o projectou a uma distância de 3 metros, totalmente inconsciente. Ao assistirem a isso os seus amigos entraram em pânico e fugiram, por pensarem que o objecto viria atrás deles. Mas tal não aconteceu , e eles ganharam coragem para regressar ao local. Rogers conseguiu avistar objecto a elevar-se no céu no quando eles chegaram ao local onde haviam abandonado Walton. Mas desse não havia sinais. O que os deixou perante uma conclusão terrível: Walton havia sido levado pelo objecto!
Uma hora depois do acontecimento as autoridades foram alertadas. As buscas foram infrutíferas e os amigos de Walton chegaram a ser interrogados e submetidos ao detector de mentiras, pois perante tal história aparentemente fantasiosa, as autoridades suspeitaram de homicídio.
Travis Walton esteve desaparecido durante 5 dias. Segundo a sua história, acordou deitado numa estrada, ainda a tempo de ver o objecto desaparecer nos céus. Mas o seu testemunho, as suas recordações do que se passou dentro do OVNI, tornaram-se algo de variados estudos.Este é o único caso de abducção com testemunhas oculares.
Tirem as vossas conclusões. No que me diz respeito, estou como Fox Mulder: I Want to Believe!
Como Citibar
Heeere´s Falcas!
Vocês devem-se estar a perguntar: "Mas de que trata o blog?" Respondo a isso de forma simples. Tendo em conta que os criadores, bem como os cronistas, são pessoas de inteligência acima da média, postaremos aqui no GROSSO Modo apenas coisas que vos façam pensar, reflectir e discutir.
Tendo em conta o trágico falecimento de Só Fazia Era Merda, um grande orador, gostava de vos apresentar um poema de Luís Falcão, professor e poeta. O Luís, além de também ser um excelente orador, é igualmente um poeta em ascensão. O poema que vos trago hoje pode-vos parecer triste, mas é a nossa derradeira e mais sentida homenagem a esse grande Homem.
ocupei o dia com pequenas tarefas
para silenciar um pedido uma súplica
(..)
esperando que um vento frio
dispa de folhas todos os ramos
um dia hei-de pensar no teu rosto
com um dedo que feche pálpebras
e direi
extinguiu-se a minha adoração
e nunca mais procurarei
os vestígios dos teus passos no mundo
percebo demasiado tarde
que a vida é apenas isto
um lugar de abandono
com ciprestes na beira da estrada
nunca foi diferente, por meu, tenho apenas
o vento de outono, as tílias destruídas
e a dolorosa certeza de em tudo ter falhado
quando te afastas
uma fina poeira de gelo
cobre os ramos de todas as árvores
e delicadamente
atravessas os destroços
em que deixas tudo o que amaste
não te demores no meu rosto
habita-o uma despedida
um mundo de onde Deus se ausentou
não sei dizer de onde chegam as tuas mãos
mas essa luz não pertence a este mundo
só dedos assim tão finos
poderiam penetrar a espessura da noite
trazendo ainda frescas umas gotas da manhã
sentir o cair das folhas
como uma advertência íntima
o primeiro passo para um encontro
um regresso ao coração
a primavera prossegue
com outras palavras
o discurso ruinoso do inverno
estávamos juntos
mas o meu coração afastava-se em silêncio
como se esperasse a chegada da neve ou de Deus
fizeste da tua vida
uma catedral abandonada
horas esquecidas
em adoração nocturna
pedindo silêncio
a tudo o que perdeste
(..)
o mundo inteiro irreconhecível
o amor a arder por entre as rosas
a chuva no teu rosto é um milagre de cristais
não conheço um relâmpago que não nasça nos teus olhos
a minha vida
caindo
como neve na escuridão
(..)
caminhamos para o silêncio
e para a escuridão indefinível dos bosques
luis falcão, in 'pétalas negras ardem nos teus olhos'
editora assírio & alvim, 2007
O Dia E
Citibar - Sair de algum local sem pagar
Este verbo nasceu em Lisboa, na altura do Doc Lisboa 2009 quando dois alunos de Cinema comeram à fartazana no City Bar e saíram sem pagar, porque um deles pediu Nestea e foi-lhe servido Lipton Ice Tea.
Conjugação do verbo no presente do indicativo:
EU citibo
TU citibas
ELE citiba
NÓS citibamos
VÓS citibais
ELES citibam
Conhece uma grande parte da Polónia - Tem a cor de pele demasiado branca
Esta expressão nasceu na praia de Monte Gordo quando na multidão foi ouvida uma conversa onde alguém disse: "Mas ela conhece uma grande parte da Polónia..."
Dois jovens ouviram e começaram a analisar a frase. Um deles disse: "O que será que ele queria dizer com aquilo? Ninguém conhece uma grande parte da Polónia... será que ele estava a falar do Papa?"
Mais tarde esses dois jovens chegaram à conclusão que aquilo era uma expressão e começaram a estudar que significado poderia ter, até que viram alguém com a pele muito branca e um deles disse: "Já sei! Conhecer grande parte da Polónia pressupõe ficar lá a viver durante bastantes anos. E tendo em conta o clima desse país, essa pessoa regressa com a pele pouco bronzeada. Portanto esse homem que passou estava a referir-se a alguém muito branco e sarcasticamente afirmou que conhecia uma grande parte da Polónia."
Show Must Go On
Rest in Peace
Com a sua forma particular de falar, Só Merda era um grande ídolo para muitos jovens. Só a sua presença fazia-se sentir diariamente, mesmo sem recorrer ao uso das palavras, as quais usava de forma sábia. Muita gente ganhou o interesse por conhecer esta pessoa para ouvi-lo falar, embora nem sempre tivesse paciência para isso. Ele não era uma pessoa muito atractiva fisicamente e com a idade ainda menos, mas era o dom da palavra e a pujança na entoação de cada palavra que o tornava um íman de multidões. Sempre a dizer o que queria, a sentir sem querer e a dizer só por sentir, Só Fazia Era Merda arranjará sempre um lugar nos nossos corações. Estamos realmente bastante tristes com o seu falecimento, e o que nos resta é a memória dos bons velhos tempos a seu lado.